O Tesouro Direto é um programa do governo brasileiro que permite a compra de títulos públicos por pessoas físicas. Trata-se de um investimento de renda fixa, que oferece diversas opções de títulos com prazos e rentabilidades diferentes.
Apesar de ser considerado um investimento relativamente seguro e acessível, é comum que investidores iniciantes cometam alguns erros ao investir no Tesouro Direto. Neste artigo, vamos abordar os erros mais comuns e como evitá-los.
O primeiro erro que muitos investidores cometem é não entender as características dos títulos em que estão investindo. Cada título tem suas particularidades em relação ao prazo, à rentabilidade e ao risco. Por isso, é importante ler com atenção as informações disponibilizadas pelo Tesouro Nacional antes de escolher qual título comprar.
Os títulos do Tesouro Direto são classificados atualmente em cinco categorias: Tesouro Selic, Tesouro Prefixado, Tesouro IPCA+, Tesouro Renda+ e Tesouro Educa+. O Tesouro Selic é pós-fixado e tem como base a taxa Selic, enquanto os títulos prefixados têm uma taxa de juros fixa e os títulos IPCA+, Renda+ e Educa+ são indexados à inflação. Veja mais detalhes sobre os títulos em Tipos de Títulos .
É fundamental entender como cada categoria de título funciona e quais são as implicações para o seu investimento a longo prazo. Assim, será possível escolher o título que melhor se encaixa no seu perfil de investidor e nos seus objetivos financeiros.
Outro erro comum é não diversificar a carteira de investimentos no Tesouro Direto. É importante lembrar que o Tesouro Direto é apenas uma opção de investimento em renda fixa, e não deve ser a única forma de investir o seu dinheiro.
Diversificar a carteira é fundamental para reduzir o risco de perdas e aumentar as chances de obter bons resultados a longo prazo. É recomendável investir em diferentes tipos de ativos, como ações, fundos imobiliários e renda fixa, por exemplo.
Dentro do próprio Tesouro Direto, é possível diversificar a carteira escolhendo diferentes títulos e prazos. Dessa forma, mesmo que haja oscilações no mercado, o investidor terá a segurança de que parte do seu dinheiro estará investido em ativos com rentabilidades diferentes.
Um erro que pode ser fatal para os investimentos é não acompanhar a evolução do mercado e as mudanças nas taxas de juros. O mercado financeiro é volátil e sofre influências de diversos fatores, como a política econômica do governo, inflação, mercado externo, a demanda dos investidores, entre outros.
Por isso, é importante ficar atento às mudanças nas taxas de juros e às projeções para a economia brasileira. Com essa informação em mãos, será possível avaliar se é hora de comprar mais títulos ou resgatar parte dos investimentos.
Investir no Tesouro Direto sem um planejamento financeiro é um erro que muitas pessoas cometem. É importante saber quanto dinheiro se tem disponível para investir, qual o objetivo financeiro a longo prazo e qual o prazo desejado para resgatar o dinheiro investido.
Sem um planejamento financeiro adequado, é fácil se deixar levar pelo impulso e investir mais do que se pode ou investir em títulos que não se adequam aos seus objetivos financeiros. Por isso, é importante definir uma estratégia de investimentos que leve em conta as suas metas pessoais, o prazo de investimento e o perfil de risco.
Outro erro que muitos investidores cometem ao investir no Tesouro Direto é não considerar a tributação sobre os rendimentos. Os títulos públicos são tributados pelo Imposto de Renda, que varia de acordo com o prazo de investimento. Veja a tabela abaixo sobre a cobrança do imposto regressivo.
Alíquota | Prazo (dias) |
---|---|
22,5% | 180 ou menos |
20% | 181 a 360 |
17,5% | 361 a 720 |
15% | 721 ou mais |
Por isso, é importante levar em conta a tributação na hora de escolher os títulos e planejar o seu investimento. É possível optar por títulos com prazos mais longos para aproveitar a alíquota menor de Imposto de Renda ou por títulos com prazos mais curtos, mas com rentabilidades mais elevadas, e aceitar a alíquota maior de Imposto de Renda.
Além da tributação, os investidores do Tesouro Direto precisam levar em conta as taxas de custódia, que são cobradas pela B3 para armazenar e registrar os títulos. A taxa de custódia é de 0,2% ao ano (exceções: 1. Tesouro Renda+/Educa+ pode variar entre 0,5% à 0,1% ou isenção. 2. Tesouro Selic possui isenção para valores até R$ 10.000,00) sobre o valor investido e é cobrada de forma proporcional ao tempo em que o título ficar em carteira.
Apesar de ser uma taxa relativamente baixa, é importante levá-la em conta na hora de escolher os títulos e calcular o retorno do investimento. É possível optar por títulos com prazos mais curtos para reduzir o impacto das taxas de custódia no retorno final do investimento.