Os erros mais comuns ao investir no Tesouro Direto e como evitá-los

O Tesouro Direto é um programa do governo brasileiro que permite a compra de títulos públicos por pessoas físicas. Trata-se de um investimento de renda fixa, que oferece diversas opções de títulos com prazos e rentabilidades diferentes.

Apesar de ser considerado um investimento relativamente seguro e acessível, é comum que investidores iniciantes cometam alguns erros ao investir no Tesouro Direto. Neste artigo, vamos abordar os erros mais comuns e como evitá-los.

  1. Não entender as características dos títulos

O primeiro erro que muitos investidores cometem é não entender as características dos títulos em que estão investindo. Cada título tem suas particularidades em relação ao prazo, à rentabilidade e ao risco. Por isso, é importante ler com atenção as informações disponibilizadas pelo Tesouro Nacional antes de escolher qual título comprar.

Os títulos do Tesouro Direto são classificados atualmente em cinco categorias: Tesouro Selic, Tesouro Prefixado, Tesouro IPCA+, Tesouro Renda+ e Tesouro Educa+. O Tesouro Selic é pós-fixado e tem como base a taxa Selic, enquanto os títulos prefixados têm uma taxa de juros fixa e os títulos IPCA+, Renda+ e Educa+ são indexados à inflação. Veja mais detalhes sobre os títulos em Tipos de Títulos .

É fundamental entender como cada categoria de título funciona e quais são as implicações para o seu investimento a longo prazo. Assim, será possível escolher o título que melhor se encaixa no seu perfil de investidor e nos seus objetivos financeiros.

  1. Não diversificar a carteira

Outro erro comum é não diversificar a carteira de investimentos no Tesouro Direto. É importante lembrar que o Tesouro Direto é apenas uma opção de investimento em renda fixa, e não deve ser a única forma de investir o seu dinheiro.

Diversificar a carteira é fundamental para reduzir o risco de perdas e aumentar as chances de obter bons resultados a longo prazo. É recomendável investir em diferentes tipos de ativos, como ações, fundos imobiliários e renda fixa, por exemplo.

Dentro do próprio Tesouro Direto, é possível diversificar a carteira escolhendo diferentes títulos e prazos. Dessa forma, mesmo que haja oscilações no mercado, o investidor terá a segurança de que parte do seu dinheiro estará investido em ativos com rentabilidades diferentes.

  1. Não acompanhar a evolução do mercado

Um erro que pode ser fatal para os investimentos é não acompanhar a evolução do mercado e as mudanças nas taxas de juros. O mercado financeiro é volátil e sofre influências de diversos fatores, como a política econômica do governo, inflação, mercado externo, a demanda dos investidores, entre outros.

Por isso, é importante ficar atento às mudanças nas taxas de juros e às projeções para a economia brasileira. Com essa informação em mãos, será possível avaliar se é hora de comprar mais títulos ou resgatar parte dos investimentos.

  1. Não ter um planejamento financeiro

Investir no Tesouro Direto sem um planejamento financeiro é um erro que muitas pessoas cometem. É importante saber quanto dinheiro se tem disponível para investir, qual o objetivo financeiro a longo prazo e qual o prazo desejado para resgatar o dinheiro investido.

Sem um planejamento financeiro adequado, é fácil se deixar levar pelo impulso e investir mais do que se pode ou investir em títulos que não se adequam aos seus objetivos financeiros. Por isso, é importante definir uma estratégia de investimentos que leve em conta as suas metas pessoais, o prazo de investimento e o perfil de risco.

  1. Não considerar a tributação

Outro erro que muitos investidores cometem ao investir no Tesouro Direto é não considerar a tributação sobre os rendimentos. Os títulos públicos são tributados pelo Imposto de Renda, que varia de acordo com o prazo de investimento. Veja a tabela abaixo sobre a cobrança do imposto regressivo.

Tabela da alíquota regressiva do Imposto de Renda.
AlíquotaPrazo (dias)
22,5%180 ou menos
20%181 a 360
17,5%361 a 720
15%721 ou mais

Por isso, é importante levar em conta a tributação na hora de escolher os títulos e planejar o seu investimento. É possível optar por títulos com prazos mais longos para aproveitar a alíquota menor de Imposto de Renda ou por títulos com prazos mais curtos, mas com rentabilidades mais elevadas, e aceitar a alíquota maior de Imposto de Renda.

  1. Não considerar as taxas de custódia

Além da tributação, os investidores do Tesouro Direto precisam levar em conta as taxas de custódia, que são cobradas pela B3 para armazenar e registrar os títulos. A taxa de custódia é de 0,2% ao ano (exceções: 1. Tesouro Renda+/Educa+ pode variar entre 0,5% à 0,1% ou isenção. 2. Tesouro Selic possui isenção para valores até R$ 10.000,00) sobre o valor investido e é cobrada de forma proporcional ao tempo em que o título ficar em carteira.

Apesar de ser uma taxa relativamente baixa, é importante levá-la em conta na hora de escolher os títulos e calcular o retorno do investimento. É possível optar por títulos com prazos mais curtos para reduzir o impacto das taxas de custódia no retorno final do investimento.

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